Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego. (Artº 23º da Declaração Universal dos Direitos Humanos)
segunda-feira, 19 de março de 2012
Termo de Identidade e Residência
segunda-feira, 12 de março de 2012
Volto a reinterpretar o discurso corrente
Porque razão, não será ao contrário? Porque razão quando se diz crescimento tal não significa que os miseráveis passarão a ter mais meios de subsistência, o desemprego diminui, os salários sobem? E principalmente, porque razão quando se diz empobrecer isso não se aplica que em primeiro lugar aos bafejados pela sorte a perder o que lhes sobra?
É lamentável, mas a esquerda não consegue deixar de beber a ideologia que lhe é servida e por isso aceita mesmo quando diz não.
sábado, 10 de março de 2012
Recebido via mail
quinta-feira, 8 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Branco é, a galinha o põe...
... será que é uma pedra da calçada necessária para rebentar com a cabeça de alguém?
Não peço desculpa pela violência do que acabei de dizer, porque isto significa que idosos morreram sem necessidade.
A imagem é o 7ºslide desta apresentação. Obtido via RC.
terça-feira, 6 de março de 2012
Também estou de acordo com a inexistência de défice estatal...
domingo, 4 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
Eis o nosso futuro...
PPC recebe amaeaça de bomba mas PSD diz que em Setúbal isso é normal
Fica-se a saber que numa parte do país residem um monte de perigosos terroristas, e que é perfeitamente natural que assim seja.
Dir-se-ia que se prepara a execução de uma necessária trepanação na sociedade portuguesa e que se prepara o inocente cidadão para aquilo que julgarem por bem fazer, tudo em nome de quem pode pagar, pois então...
quinta-feira, 1 de março de 2012
Como transformar os desempregados na solução do problema do País
Na minha opinião, quando mais de um milhão de pessoas é desempregado oficial, é desempregado não oficial porque desistiu de o ser, é precário ou inclusivamente trabalha mas é muito pobre, existe massa crítica para passar do plano das reivindicações para algo mais ofensivo. Quero com isto dizer, que em vez de reivindicar, devemos dizer, ou antes, devemos informar o que vamos fazer. Definido o que vamos fazer, o como o vamos executar dependerá do posicionamento que os restantes movimentos, partidos, sindicatos e governo tomarem.
O País tem vários problemas: desemprego, uma desigual repartição da riqueza, défice de produção de bens transaccionáveis, défice da balança de pagamentos, consequentes dívidas pública e privada, Segurança Social a definhar, SNS idem, défice no Estado, défice na larga maioria das famílias.
O que fazer então?
A minha proposta é simples. Trata-se de ir buscar o dinheiro onde ele está: tributar progressivamente ou aumentar progressivamente tributos referentes a mais valias bolsistas, movimentos de capital, lucros, propriedade de artigos de luxo, SGPSs, grandes empresas privadas, propriedade imobiliária que somada por agregado familiar esteja, por exemplo, acima de 150 mil euros. O argumento é o mesmo que está a ser usado para tantas outras coisas: encontramo-nos num momento de emergência nacional. O dinheiro arrecadado deverá ser usado em actividades produtivas (de bens transaccionáveis) no campo industrial, agrícola, pescas ou minas, para dessa forma se substituir importações e eventualmente aumentar as exportações. O dinheiro deve ser usado de forma a que não seja necessário mais investimento de capital para assim não existir necessidade de pagar qualquer rentabilidade do capital investido (pois o investimento terá sido a fundo perdido), nem qualquer necessidade de contratação de empréstimos à banca, para que desta forma se consiga competir pelo preço. Os produtos serão mais baratos, precisamente porque a parte relativa ao capital se restringe a impostos e serviços necessários para o funcionamento da empresa. O preço será mais baixo, não pela mão de obra mais barata mas porque o custo do capital é muito mais baixo.
Desta forma, mais de um milhão de pessoas, justamente pagas, começa a trabalhar em actividades produtivas rentáveis sem que isso tenha implicado qualquer aumento do défice do Estado, diminui-se as importações porque estas serão satisfeitas pela produção interna, o Estado social torna-se sustentável porque os desempregados deixam de ser um peso e pelo contrário passam a ser uma fonte de receitas do Estado. Resolve-se assim todos os grandes problemas do País, mas principalmente, acaba-se com a chaga do desemprego.
Na realidade, há numa coisa em que estou de acordo com PPC: não devemos ser piegas... Assim, em vez de reivindicar o que está mal, devemos informar que, enquanto pessoas desempregadas, recusamos ficar na berma da estrada, na valeta, à espera da morte e em vez disso vamos alterar a realidade em que vivemos contribuindo dessa forma para a resolução dos problemas do País.
Como o fazer?
Apelando à organização, reunindo electronicamente contactos, pois isso está nas mãos dos desempregados e ninguém o pode impedir. Dessa forma, quando necessário, rapidamente se pode mobilizar uma multidão, obtendo assim peso político, condicionando e direccionando o debate público nas questões que são as nossas, frisando sempre que quando o nosso problema estiver resolvido, todos os outros também o estarão. Se há algo que temos é tempo e possivelmente só necessitaremos coordenar as nossas disponibilidades. Tenhamos em conta que todas as acções ou manifestações de desempregados provocará sempre o respeito (para não dizer o medo) de toda a sociedade.
Há dias uma amiga recordou-me uma coisa que eu não tinha tomado consciência: vivi 7 anos na América Latina, e acompanhei com especial interesse o que aconteceu na Argentina antes, durante e depois do default. Lá quem resolveu o problema foram precisamente os desempregados (los piqueteros, usar o google para saber a história). Ora, em Portugal estamos numa situação em tudo semelhante.
Recordando os últimos 30 anos portugueses, em que:
- o Estado se retirou primeiro dos sectores produtivos,
- o Estado progressivamente está a sair das escolas e universidades, sector da saúde e sistemas de pensões,
- o Estado, vende monopólios naturais a outros estados,
- gradualmente as grandes fortunas têm vindo a pagar cada vez menos impostos, e possibilitado que fujam para offshores para evitar serem taxadas, com a desculpa de que assim teriam mais dinheiro para criar emprego,
Claro que para minimizar os cortes ao capital, poder-se-á usar o que ainda não foi gasto no QREN (13 mil milhões de euros) e os 12 mil milhões reservados para os bancos. De qualquer forma, é bom recordar que o capital é o que sobra depois de quem o poupa ter garantido a sua subsistência, enquanto o salário dos trabalhadores é aquilo que se paga para que estes continuem nessa condição.
Trata-se simplesmente de transformar os desempregados na solução dos problemas do país.
Esta ideia poderá talvez parecer radical, mas do ponto de vista de um desempregado, radical é não ter como subsistir, é não conseguir cumprir com as suas obrigações familiares, é não conseguir pagar a habitação, é não conseguir alimentar os seus filhos.
Luta de classes
Digo eu então, que se assim é, então o objectivo das burguesias industriais de outros países será obviamente que continuemos nessa situação e por isso compreende-se a exigência que se venda de tudo. Curiosamente, esses outros países, sem excepção, desenvolveram a sua burguesia industrial num ambiente fechado à concorrência externa o que permitiu desenvolverem-se, começar a internacionalizar-se e assim tornarem-se mais competitivos.
Tratar-se-á afinal de uma luta de classes no sentido clássico de Marx. O marxismo parece ser uma boa ferramenta para entender o capitalismo. Outra coisa é o que se faz com ela. Uns podem, por exemplo, usá-la para defender a sua classe e manter as que estão por baixo na mesma situação... ou pelo contrário, usá-la para fazer um mundo mais justo. Essa decisão é a de cada um.
Francisco Esperança traz-me esta canção à memória. Porque será?
Southern trees bear strange fruit
Blood on the leaves
Blood at the root
Black bodies swinging in the southern breeze
Strange fruit hanging from the poplar trees
Pastoral scene of the gallant south
The bulging eyes and the twisted mouth
The scent of magnolia sweet and fresh
Then the sudden smell of burning flesh
Here is a fruit for the crows to pluck
for the rain to gather
for the wind to suck
for the sun to rot
for the tree to drop
Here is a strange and bitter crop